Nesta quinta-feira (26), Rodrigo Agostinho, presidente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), concedeu uma entrevista à Rede TV. Durante a conversa, ele destacou a necessidade urgente de o Brasil adotar medidas para combater as queimadas e enfrentar a crise climática. De acordo com Agostinho, o Congresso Nacional tem um papel fundamental neste cenário.
“Ninguém está sugerindo parar de produzir. O que queremos é um bom planejamento do nosso território, garantindo que as áreas mais importantes sejam preservadas, pois isso é vital para a nossa própria sobrevivência”, afirmou.
O especialista também alertou que o Brasil deve sofrer mais do que outras nações com os efeitos das mudanças climáticas, devido a uma combinação de fatores ambientais, geográficos e climáticos.
“Quando o mundo inteiro dizia que a previsão era atingir 1,5ºC a mais em 2040, isso era uma média global. Mas nos últimos 15 meses já ultrapassamos esse 1,5ºC. E quando falamos em 1,5ºC para regiões tropicais, esse aumento pode chegar a 6ºC. Isso inviabilizaria completamente estados inteiros no Brasil, tornando impossível a sobrevivência em algumas regiões do país”, alertou Agostinho.
Agostinho, que também é climatologista, reforçou que a preservação dos biomas é essencial não apenas para o presente, mas para assegurar um futuro mais resiliente aos impactos climáticos que já estão ocorrendo.
“Quanto mais áreas naturais preservarmos, mais resilientes seremos frente às mudanças climáticas. Precisamos agir com muita responsabilidade, porque essas alterações não podem ser revertidas no curto prazo”, concluiu.
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Fonte imagem de destaque: Valter Campanato/Agência Brasil
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